Os transtornos de personalidade são condições de saúde mental que afetam a maneira como alguém pensa, percebe, sente ou se relaciona com os outros. Algumas pessoas parecem não ter consideração pelos demais e podem causar-lhes danos sem nenhum arrependimento ou sentimento de culpa. Quando esse comportamento é generalizado, podemos estar diante de um quadro conhecido como transtorno de personalidade antissocial.
Tal distúrbio é um problema particularmente desafiador, caracterizado por comportamento impulsivo, irresponsável e muitas vezes criminoso. Continue a leitura e saiba mais sobre o assunto!
O que é o transtorno de personalidade antissocial?
O transtorno de personalidade antissocial, às vezes chamado de sociopatia, é um distúrbio no qual uma pessoa constantemente não mostra respeito pelo certo e pelo errado, além de ignorar os direitos e sentimentos dos outros. Indivíduos com esse problema tendem a manipular ou tratar os outros com severidade, indiferença ou insensibilidade. Eles não mostram culpa ou remorso por seu comportamento.
Quem sofre com o transtorno de personalidade antissocial frequentemente viola a lei, tornando-se um criminoso. Eles podem mentir, comportar-se violenta ou impulsivamente e ter problemas com o uso de drogas e álcool. Devido dessas características, as pessoas com esse distúrbio normalmente não podem cumprir responsabilidades relacionadas à família, trabalho ou escola.
Quais são os sintomas?
Os sinais e sintomas de transtorno de personalidade antissocial podem incluir:
- desconsideração pelo certo e o errado;
- mentira persistente ou engano para explorar outras pessoas;
- insensibilidade, cinismo e desrespeito com os outros;
- usa do charme ou inteligência para manipular os demais para ganho ou prazer pessoal;
- senso de superioridade e arrogância;
- problemas recorrentes com a lei, incluindo ações criminosas;
- violação repetidamente dos direitos alheios por meio de intimidação e desonestidade;
- impulsividade ou falha em planejar;
- hostilidade, irritabilidade significativa, agitação, agressão ou violência;
- falta de empatia e ausência de remorso por prejudicar os outros;
- comportamento desnecessário de correr riscos ou perigoso, sem considerar a segurança de si mesmo ou de outras pessoas;
- relacionamentos tumultuados ou abusivos;
- falha em considerar as consequências negativas do mau comportamento ou aprender com elas;
- ser consistentemente irresponsável e repetidamente falhar no cumprimento de obrigações trabalhistas ou financeiras.
Adultos com transtorno de personalidade antissocial geralmente apresentam sintomas de transtorno de conduta antes dos 15 anos. Sinais do transtorno de conduta incluem problemas sérios de comportamento persistente, como:
- agressão a pessoas e animais;
- destruição de propriedade;
- enganação e desrespeito;
- furto e roubo;
- violação grave das regras sociais relevantes e apropriadas para a idade.
Embora o transtorno de personalidade antissocial seja considerado crônico, em alguns casos, certos sintomas — principalmente condutas destrutivas e criminosas — podem diminuir com o tempo. Entretanto, não está claro se essa redução é resultado do envelhecimento ou de uma maior conscientização das consequências do comportamento antissocial.
Como tratar o transtorno de personalidade antissocial?
O tratamento pode ser um desafio. Os portadores normalmente só procuram ajuda após muita insistência dos entes queridos. O diagnóstico só é feito após consulta com o médico psiquiatra. O tratamento pode incluir psicoterapia individual e familiar, medicações antipsicóticas e antidepressivos. A terapia pode ajudar uma pessoa a gerenciar atitudes negativas e desenvolver habilidades interpessoais que costumam não ter.
Muitas vezes, o primeiro objetivo é simplesmente reduzir comportamentos impulsivos relacionados ao transtorno de personalidade antissocial que podem levar à prisão ou danos físicos. Os medicamentos são utilizados para controlar a impulsividade, a agressividade a intolerância, entre outros sintomas. Além de tratar as demais alterações mentais que podem estar relacionadas, como ansiedade, depressão, entre outros.
Gostou do texto? Se existe a suspeita que você, um amigo ou membro da família possa ter o distúrbio, procure ajuda. Entre em contato conosco, estamos disponíveis para atendê-lo!