O tabagismo é reconhecido como uma doença porque causa dependência física, psicológica e comportamental semelhante ao que ocorre com o uso de outras drogas.
Apesar do cigarro conter inúmeros compostos e substâncias químicas, a dependência ocorre principalmente pela presença da nicotina.
A nicotina presente no cigarro, ao ser inalada, produz alterações no sistema nervoso central, modificando assim o estado emocional e comportamental dos indivíduos.
Para que você tenha ideia, ao atingir o cérebro, a nicotina libera várias substâncias (neurotransmissores) que são responsáveis por estimular a sensação de prazer ao fumante.
Com a inalação contínua da nicotina, o cérebro se adapta e passa a precisar de doses cada vez maiores para manter o mesmo nível de satisfação que tinha no início.
Essa sensação atribui ao cigarro a capacidade de oferecer ao fumante um momento de relaxamento, uma espécie de anestesia momentânea.
A relação entre tabagismo e as doenças mentais é objetivo de inúmeros estudos que nos mostram que os fumantes apresentam índices consideráveis de ansiedade e depressão.
Além disso, já está comprovado que a probabilidade de abandono do tabagismo é reduzida em pacientes com transtornos depressivos.