Dra. Karine Cunha

A maioria dos casos de suicídio pode ser evitada, mas a prevenção e o controle não são fáceis porque este é mesmo um fenômeno bastante complexo (interação de fatores biológicos, genéticos, psicológicos, sociais, culturais e ambientais).

Mas seguem algumas recomendações de como ajudar:

• Acolher a pessoa, ter uma conversa tranquila, ouvi-las efetivamente, diminuir o desespero e dar esperança de que as coisas podem mudar para melhor.

• Ouvir atentamente, entender os sentimentos da pessoa, aceitação e respeito, mostrar a sua preocupação. Ser afetuoso e dar apoio.

• Abordagem calma, aberta, de aceitação e não julgamento.

• Falar a respeito de suicídio não coloca a ideia na cabeça da pessoa, ela provavelmente se sentirá agradecida e aliviada.

• Perguntar sobre os sintomas gradualmente quando a pessoa sentir que está sendo compreendida e está confortável falando sobre seus sentimentos.

• Identificar se há algum plano suicida estruturado, se a pessoa tem os meios para se matar, se ela determinou alguma data.

• Quanto mais abertamente a pessoa fala sobre seus sentimentos, menos turbulentas ficam as emoções e quando a turbulência cede a pessoa se torna mais reflexiva.

❌ O QUE NÃO FAZER

Interromper a pessoa enquanto ela fala sobre seus planos, ficar chocado ou muito emocionado, dizer que você está ocupado, fazer com que o paciente se sinta inferior, perguntas indiscretas, ignorar a situação, fazer o problema parecer trivial, jurar segredo, dar falsas garantias, deixar a pessoa sozinha.

Pessoas com pensamentos suicidas precisam de apoio familiar e pra isso é importante que todos tenham informações adequadas sobre este assunto.
Precisamos abordar este tema com seriedade e acolhimento. Ter medo ou evitar falar, não ajuda!

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Categorias: Bem estar