A vida moderna é repleta de cobranças profissionais, acadêmicas e pessoais, colocando os cuidados com a saúde mental em segundo plano. O resultado é o aumento dos distúrbios psiquiátricos, que podem atingir pessoas de todas as idades. Diante dessa realidade, a eletroconvulsoterapia se apresenta como um tratamento eficaz e seguro.
A eletroconvulsoterapia, também conhecida como ECT, envia estímulos elétricos para o cérebro, provocando uma crise epiléptica generalizada. Para garantir a segurança do paciente, o tratamento é aplicado mediante anestesia geral e uso de relaxantes musculares. Dessa forma, os sintomas são apenas cerebrais, sem sinais físicos.
O objetivo da ECT é equilibrar a produção dos neurotransmissores serotonina, noradrenalina, dopamina e glutamato, de forma a tratar doenças psiquiátricas, como esquizofrenia, depressão e transtorno bipolar, entre outras. Confira mais sobre o tema nos itens a seguir.
Quando a eletroconvulsoterapia é indicada?
Em alguns casos, os remédios não fazem o efeito esperado ou, ainda, o paciente precisa de efeito mais imediato. A eletroconvulsoterapia é indicada principalmente quando:
- há risco de suicídio;
- os sintomas psicóticos se agravam;
- os medicamentos não respondem como esperado;
- em casos de pacientes que precisam evitar remédios, como gestantes, lactantes e idosos.
Além de tratar distúrbios mentais, a ECT é indicada também em pacientes com mal de Parkinson e epilepsia.
Por outro lado, a eletroconvulsoterapia deve ser evitada nos seguintes casos:
- quando há doença pulmonar grave;
- pacientes com tumores cerebrais;
- em risco de efeitos colaterais da anestesia geral;
- infarto ou AVC (acidente vascular cerebral) recente.
Os efeitos colaterais mais comuns são: mal-estar, perda de memória recente, dor de cabeça, náuseas e desconforto muscular. O paciente deve relatar esses sintomas ao médico para que este avalie se há necessidade de suporte com medicamentos.
Quais os benefícios da eletroconvulsoterapia no tratamento de depressão?
A ECT apresenta cerca de 90% de eficácia, enquanto outros tratamentos funcionam em apenas 70% dos pacientes. Além disso, a taxa recidiva cai em pacientes que passaram pela eletroconvulsoterapia, em comparação aos que usaram remédios e outras alternativas.
Uma das maiores vantagens desse tratamento é o resultado rápido, que costuma ser percebido após cerca de oito aplicações. A segurança e acompanhamento próximo de um médico psiquiatra é outro grande benefício, visto que permite ao paciente estar sempre amparado.
Muitos pacientes com depressão apresentam dificuldade para dormir, manter uma rotina regular e seguir horários. Por isso, é possível que não sigam corretamente as indicações médicas para o tratamento padrão, cumprindo os horários de cada medicação.
Em geral, a eletroconvulsoterapia costuma ser indicada para tratamentos de depressão após duas tentativas de medicamentos sem sucesso. Além disso, é fundamental prosseguir o acompanhamento psicológico conforme a frequência estabelecida pela equipe médica.
Normalmente, a frequência das sessões de eletroconvulsoterapia é maior no início da terapia, seguida por aplicações de manutenção de curto ou longo prazo. Observando todas essas indicações e cuidados, o paciente pode esperar uma recuperação acelerada e eficiente, com poucas chances de recidiva dos sintomas.
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