Quando uma mulher fica grávida, acontece uma grande variedade de emoções, desde alegria e excitação até estresse e apreensão. Afinal de contas, as mudanças físicas pelas quais ela passa também podem afetar o seu humor e sentimentos.
Muitas vezes, é comum experimentar mais altos e baixos do que o normal nessa fase. Entretanto, a depressão durante a gravidez é mais do que apenas mau humor — é uma condição séria capaz de prejudicar a saúde mental e física da mulher.
É provável que você já tenha ouvido falar de depressão pós-parto, mas você sabia que muitas mulheres também sofrem com isso na fase pré-natal? Confira agora o que você precisa saber sobre gravidez e depressão.
O que é depressão?
A depressão é um transtorno do humor muito comum, ela interfere na maneira como você pensa, sente e se comporta. Causa uma sensação de tristeza, desesperança e inutilidade que pode durar muito tempo e interferir na sua rotina diária.
Quais os sintomas?
A depressão durante a gravidez pode ter os mesmos sintomas que definem a depressão na população geral e costumam incluir:
- cansaço e diminuição da energia;
- distúrbios do sono;
- mudanças no apetite;
- baixa autoestima;
- sentimentos de inadequação sobre a maternidade;
- incapacidade de experimentar prazer em atividades que normalmente eram agradáveis;
- baixa adesão ao pré-natal;
- sentir-se sem valor, indefesa ou culpada;
- pensamentos suicidas ou vontade de se machucar.
Como você deve ter notado, alguns dos sintomas da depressão na gravidez são semelhantes às mudanças que muitas mulheres grávidas geralmente já experimentam. Isso pode dificultar o reconhecimento da doença.
A depressão pode afetar o bebê?
Quando não diagnosticada e não tratada corretamente, a depressão representa um risco para a saúde da mulher e da criança, o que aumenta as possibilidades de:
- parto prematuro;
- complicações na gravidez ou no parto;
- bebê com baixo peso ao nascer;
- um recém-nascido mais irritado, menos ativo ou atento;
- desenvolvimento de depressão pós-parto.
O que causa a depressão durante a gravidez?
Algumas mulheres que sofrem com a depressão pré-natal já têm um histórico dessa doença, o que aumenta as chances de episódios depressivos no futuro. Por outro lado, muitas têm sua primeira experiência enquanto estão grávidas.
Acredita-se que a depressão pré-natal seja causada principalmente por uma combinação de alterações hormonais e distúrbios psicológicos associados à gravidez. Outras mudanças durante esse período, como as corporais e as relacionadas ao sono e hábitos alimentares podem contribuir para o desenvolvimento desse tipo de problema.
Além disso, outros fatores de risco para depressão durante a gestação incluem:
- vida muito agitada e estressante;
- falta de apoio social ou de familiares;
- gravidez indesejada;
- predisposição genética;
- histórico de violência doméstica;
- abuso de cigarro, álcool ou outras drogas;
- problemas no relacionamento com o pai da criança.
Quais os tipos de tratamentos?
A depressão pode ser tratada de várias maneiras. Após o diagnóstico, seu médico e você podem decidir usar um ou mais dos seguintes tratamentos:
Terapia
É quando você fala sobre seus sentimentos e preocupações com um psicólogo ou terapeuta. Essa pessoa ajuda você a entender suas emoções, resolver problemas e lidar com as coisas em sua vida cotidiana.
Medicamentos
A depressão geralmente é tratada com medicamentos chamados antidepressivos receitados por um médico psiquiatra. Podem ser indicados um tipo ou uma combinação de remédios.
Muita gente tem receio dos riscos do uso dessas medicações para a saúde do bebê. Por isso, é importante conversar com o seu médico sobre os benefícios, riscos e possíveis efeitos colaterais do uso de antidepressivos enquanto você estiver grávida e decidirem juntos o melhor tratamento.
Grupos de apoio
São grupos de pessoas que se reúnem para compartilhar seus sentimentos e experiências sobre determinados assuntos. É uma ótima forma de suporte e de perceber que você não está sozinha.
A depressão durante a gravidez jamais deve ser ignorada. Trata-se de um assunto sério que necessita ser diagnosticado, monitorado e tratado do jeito mais seguro. É fundamental buscar ajuda, inclusive de um psiquiatra mesmo que você não tenha certeza sobre o que está sentindo. Assim, é possível garantir sua saúde e a do bebê que está a caminho.
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