A automutilação, também chamada de cutting (ou o ato de se cortar) é uma resposta a problemas psicológicos que pode ter consequências bastante graves. Geralmente, o paciente inflige dor física a si mesmo para “aliviar” a sensação ruim que está sentindo naquele momento.
Muito comum em adolescentes, mas também possível em adultos, a automutilação geralmente envolve cortes nos braços, abdômen ou pernas. Detectar o problema pode se tornar difícil já que essas pessoas costumam esconder os ferimentos com roupas mais fechadas.
Entender os fatores desencadeantes é fundamental para o tratamento da automutilação. Em geral, algum problema psicológico que exige atenção é o que está causando essa resposta. Portanto, é fundamental contar com a ajuda de um profissional qualificado para isso. Continue a leitura e saiba um pouco mais sobre o assunto.
O que costuma causar a automutilação?
Como outros sintomas psicossomáticos, a automutilação geralmente acontece em decorrência de algum problema que esteja impactando o paciente. Dessa maneira, é importante levar em conta o estado emocional e psicológico dessa pessoa ao avaliar o seu quadro médico.
A automutilação costuma ser uma resposta a problemas como:
- distúrbios emocionais;
- abuso sexual ou emocional;
- bullying;
- perdas significativas;
- baixa autoestima;
- conflitos de identidade de gênero.
Tendo em vista essas causas, é comum que o paciente não sinta que tem um problema que requer ajuda psicológica. Afinal, está praticando a automutilação porque sente que precisa ou merece passar por aquelas sensações. Portanto, é fundamental que pais e colegas sejam capazes de reconhecer os sinais.
Uma das formas de fazer isso é prestar atenção nos hábitos da pessoa. Quem está praticando a automutilação costuma passar longos períodos fechado no quarto ou no banheiro. Além disso, prefere o uso de roupas mais longas e fechadas para que os ferimentos não fiquem visíveis.
Como convencer alguém a buscar tratamento para automutilação?
Detectado o problema em um familiar ou colega, o principal desafio é convencer essa pessoa a respeito da importância de buscar um tratamento para automutilação.
Um dos pontos mais importantes nesse momento é não forçar o paciente a fazer algo que não deseja. Por isso, o diálogo é um recurso bastante valioso, já que é o caminho para convencer a pessoa da importância de optar pelo tratamento por vontade própria.
Também há a tendência de achar que o problema não é importante ou está sob controle. Trata-se de outra falácia que requer pulso firme de quem está lidando com o paciente para conseguir verbalizar que se trata de um quadro que exige atenção e, ao contrário do que acredita, não está sob o seu controle.
Qual é o tratamento para automutilação?
Como em vários outros problemas psicológicos, o tratamento para automutilação busca resgatar a raiz do problema para tratá-la diretamente. Assim, é possível eliminar essa resposta e solucionar o quadro do paciente.
Há casos em que a automutilação está associada a quadros severos de ansiedade e depressão. É aconselhável buscar a orientação de um psiquiatra ou psicólogo para que seja possível realizar o melhor tratamento para o quadro específico do paciente.
Outro recurso bastante útil nesse momento é a terapia cognitivo-comportamental, que pode ser usada para descobrir o que está provocando a automutilação e realizar um trabalho focado exatamente nas causas desse comportamento.
Quer ajuda nisso? Entre em contato conosco para saber mais.