Afinal, por que o diagnóstico de TEA (transtorno do espectro autista) está crescendo tanto? Embora não existam respostas definitivas para essa pergunta, a maior conscientização sobre o tema, segundo especialistas, é a principal explicação para o fenômeno.
Uma pesquisa recém-publicada pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos revela que 1 a cada 36 crianças americanas com menos de 8 anos é portadora de TEA.
Só para termos uma ideia, no ano 2000, a prevalência era de 1 em 150, e nos estudos preliminares da doença, realizados ainda nos anos 1960, esse número era estimado em 1 a cada 2,5 mil.
O ideal, de acordo com diretrizes internacionais, é que o diagnóstico de TEA aconteça por volta dos 36 meses (ou três anos) — período no qual o desenvolvimento neurológico ainda está em um período de grande mudança e evolução.
Isso não significa que o diagnóstico tardio do TEA seja um desperdício: ao descobrir o transtorno em qualquer faixa etária (mesmo na adolescência ou na fase adulta), a pessoa pode buscar uma melhor compreensão sobre si e iniciar tratamentos para aliviar sintomas específicos ou dificuldades que prejudicam o bem-estar e a qualidade de vida.