Existem temas que precisam ser discutidos para que deixem de ser tabus que assolam a sociedade. Esse é o caso do suicídio. Segundo dados do Ministério da Saúde, o número de suicídios aumentou em 12% no Brasil nos últimos anos, com a maior taxa de mortalidade entre homens.
Já entre as estatísticas de tentativas, as mulheres são as que mais frequentemente tentam, sendo que 31% delas mais de uma vez. Já ficou claro o quanto o tema precisa de atenção, certo?
Decidir tirar a própria vida pode ser algo motivado por alguma condição mental preexistente, como é o caso da depressão e outras doenças. Dessa forma, deve ser encarado como um sintoma e receber o tratamento adequado para a condição que está atingindo o paciente. Você já pensou nisso?
Quais doenças podem contribuir para o suicídio?
A depressão é uma das principais condições mentais que podem levar ao suicídio. A doença é caracterizada por uma falta total de prazer e motivação para qualquer atividade, o que é altamente propício para a consideração de tirar a própria vida.
No entanto, a depressão não é a única doença que pode motivar o suicídio. Na verdade, qualquer condição que cause severos impactos na habilidade do paciente de realizar suas atividades diárias pode colaborar para isso. São quadros que impedem de andar, falar, ouvir ou causem debilitação grave, como câncer e demais doenças terminais.
O suicídio também pode ser visto como uma solução por quem está passando por dificuldades não necessariamente associadas a uma doença. Problemas conjugais e no trabalho podem contribuir para que o paciente perca a vontade de viver e opte por essa medida drástica.
Como prevenir um quadro de possível suicídio?
A principal forma de prevenir um quadro de suicídio é prestando atenção aos sinais emitidos pela pessoa, que costumam ser bastante claros quando se sabe o que procurar. Além disso, é importante ter um canal aberto de comunicação, algo particularmente valioso quando se trata de jovens e adolescentes.
É importante ficar de olho em fatores de risco. Quem passou por trauma grave recente, foi demitido, terminou um relacionamento longo ou sofre de doença grave está mais propício a considerar suicídio. Essas pessoas precisam de um apoio imediato e eficaz.
Além disso, empatia é algo bastante valioso ao lidar com esse assunto. Tente se colocar no lugar da pessoa e compreender o que a levou a esse estágio. É essencial que ela sinta que você a entende e realmente conseguirá ajudá-la.
Quais são os sinais de uma pessoa suicida?
Existem sinais que podem ser observados e que ajudam a identificar se uma pessoa está com esses pensamentos em mente. Confira.
Melhora repentina no humor
Em muitos casos de suicídio motivados por depressão, o paciente apresenta uma melhora repentina no humor antes do ato. É como se ele tirasse um peso das costas ao decidir tirar a própria vida, o que acaba mudando sua postura. Em vez de respirarem aliviados, aqueles ao redor precisam tomar essa transformação como um alerta importante.
Mudanças radicais de comportamento
Quem está considerando suicídio vai, aos poucos, abrindo mão das coisas boas da vida porque já não vê mais sentido nelas. Por exemplo, é costumeiro abandonar aquilo que lhe trazia alegria, como um hobby.
Pedidos de ajuda camuflados
Não pense que se trata apenas de ameaças vazias, já que muitos suicidas mandam verdadeiros pedidos de socorro para todos à espera de que alguém perceba e faça algo por eles. Também são comuns frases como “não aguento mais” e “eu quero sumir”.
Abuso no uso de drogas
As drogas podem oferecer um refúgio temporário para quem está afundado em uma depressão, mas também contribuem para agravar esse quadro. Fique de olho em quem repentinamente começa a fazer uso abusivo dessas substâncias, já que pode sinalizar pensamentos suicidas.
Entender que o suicídio pode surgir como consequência de problemas mentais ajuda a salvar vidas. Olhe ao seu redor e estenda a mão para ajudar quem se mostrar passando por problemas como esses. Além disso, ofereça sempre o contato do Centro de Valorização da Vida (CVV): basta discar 188.
Você já percebeu outros sinais que se encaixam nessa lista? Quer contar suas experiências ou compartilhar sugestões? Então deixe um comentário em nosso artigo!