Medicamentos antidepressivos podem atuar como potentes ferramentas no tratamento da depressão, no entanto, como todo e qualquer fármaco, eles podem causar efeitos colaterais. É fundamental ficar de olho nos efeitos colaterais de antidepressivos para que o tratamento não dê origem a um problema.
A depressão pode ser entendida como expressão de uma dor de existir. Geralmente a pessoa em sofrimento pode encontrar-se quase sem saída diante da sua fragilidade psíquica. Essa doença pode ocorrer a partir de origens biológicas, psicológicas e sociais.
Exatamente por isso, a condição pode e deve ser tratada com recursos que tenham potencial de uma significativa melhora do estado psíquico geral. Parte do tratamento inclui o uso de medicamentos, que requerem muita atenção e o cumprimento à risca da prescrição do médico.
Cuidar da saúde também envolve administrar os riscos existentes no tratamento. Neste artigo você vai entender melhor quais são os efeitos colaterais de antidepressivos e como lidar com eles. Acompanhe!
Antidepressivos de primeira geração e seus efeitos colaterais
Os primeiros antidepressivos surgiram aproximadamente na década de 1950. Esses são identificados como os de primeira geração: os Antidepressivos Tricíclicos (ADTs) e os Inibidores da Monoaminoxidase (IMAOs). Essas duas classes de medicamentos são pouco específicas em sua ação no sistema nervoso, e por isso acabam causando efeitos mais indesejáveis.
Veja a seguir os principais efeitos colaterais desses antidepressivos.
1. Hipotensão
A hipotensão refere-se à queda da pressão arterial do paciente em um nível suficiente para produzir sintomas como tonturas, confusão mental e até desmaios. Considera-se um nível preocupante valores pressóricos abaixo de 90/60 mmHg.
2. Tremores
O paciente pode passar a perceber tremores nas mãos como um dos efeitos colaterais de antidepressivos. Isso pode tornar mais difícil o manuseio de ferramentas e até causar dificuldades de locomoção.
3. Insônia
A dificuldade para dormir a noite toda é um dos efeitos colaterais de antidepressivos. Trata-se de um efeito que requer atenção, já que o bom sono é algo essencial para a saúde física e mental.
4. Excitação
Um efeito contrário à hipotensão também pode ocorrer: a sensação de excitação ou agitação constante do paciente em decorrência do uso dos medicamentos.
5. Constipação intestinal
O intestino do paciente pode ser prejudicado pelo uso de antidepressivos. É necessário ter atenção para as chances de surgimento de uma constipação e tratar o problema adequadamente.
6. Ganho de peso
Pode ser que o paciente sofra com aumento de peso após iniciar o tratamento com antidepressivos. Isso costuma ser ocasionado por outro efeito colateral: o aumento do apetite, que por consequência, faz com que a pessoa tenha a tendência de comer mais.
7. Sedação
A sedação é um dos efeitos colaterais de antidepressivos que afetam o aspecto psicológico do paciente. Isso faz com que não seja recomendado o manuseio de máquinas perigosas e o ato de dirigir veículos.
8. Falta de coordenação motora
Além dos já citados tremores, o paciente também pode ter a coordenação motora prejudicada por conta de efeitos colaterais de antidepressivos. Por conta disso, é recomendado evitar o manuseio de ferramentas perigosas e contar com ajuda para restabelecer o domínio dos movimentos.
9. Boca seca
O sintoma de boca seca está entre os efeitos colaterais de antidepressivos e pode ser percebido com facilidade por quem sofre do problema. A sensação pode gerar sede mais frequente do que o normal e um pouco de desconforto.
10. Visão turva
A sensação de vista turva (ou borrada) é um dos efeitos colaterais do uso de antidepressivos. Trata-se de uma reação que exige cautela, já que pode comprometer a capacidade de perceber o mundo à sua volta e até provocar acidentes. Nesse caso, é importante ter o apoio de alguém para se orientar.
Avanços da farmacologia psiquiátrica
Com o avanço das pesquisas no âmbito da farmacologia psiquiátrica, surgiram outras classes de antidepressivos cujas ações mais específicas atenuaram os efeitos colaterais desses medicamentos.
Com isso, foram criados os antidepressivos conhecidos como “a nova geração”, que costumam ser classificados de acordo com o mecanismo de ação proposto pelo fármaco e por terem, exatamente por essa razão, uma maior acurácia.
Os mais famosos são os Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS), que têm um mecanismo de ação eficaz, potente e seletivo. Entre os efeitos colaterais encontrados, os mais comuns são os listados a seguir.
11. Desconfortos gastrointestinais
Entre os efeitos colaterais de antidepressivos que impactam o sistema gastrointestinal estão náuseas, vômitos, dores abdominais e diarreia. Também podem ser detectadas disfunções do metabolismo.
12. Agitação
Sensação de excitação mais comum do que o normal, aumento do estado de alerta e agitação.
13. Alterações do sono
O sono do paciente pode ser impactado pelo uso de antidepressivos. Trata-se de algo que pode pender tanto para um lado quanto para o outro: pode gerar insônia ou excesso de sono. Portanto, é necessário monitorar esses efeitos.
14. Disfunções sexuais
Entre os efeitos colaterais do uso de antidepressivos também está um impacto no desempenho sexual e reprodutivo do paciente.
Outros antidepressivos — cujo mecanismo de ação é de inibição seletiva — também têm os sintomas acima descritos frequentemente relatados, mas despontam como medicamentos de rápida absorção e bom aproveitamento pelo organismo ou mesmo distribuição nos tecidos.
Efeitos positivos
É importante lembrar que os medicamentos têm um período de latência, ou seja, seus efeitos terapêuticos começam a ser sentidos em aproximadamente de 2 a 4 semanas. Associados a isso, estudos mostram que os efeitos colaterais de antidepressivos podem ser sentidos apenas no início do tratamento, quando o organismo está se adaptando à ação do medicamento. Alguns efeitos colaterais podem ser mais prolongados, mas geralmente são em menor intensidade.
Ao mesmo tempo, muitos desses efeitos podem ser substancialmente minimizados a partir de um tratamento que estabeleça doses corretas e possíveis interações com outros medicamentos — cuja ação conjugada traz a restauração do rendimento e da vontade da pessoa em sofrimento.
É preciso ter em mente que os efeitos terapêuticos dos medicamentos antidepressivos, quando ministrados no contexto de um acompanhamento psiquiátrico, geram resultados muito positivos, melhorando a qualidade de vida das pessoas.
Por falar em efeitos colaterais de antidepressivos, que tal apostar também em recursos naturais para potencializar o tratamento? Acesse nosso post com dicas de alimentos que têm ação antidepressiva!